Páginas

animação

Corrupção política no Brasil


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Fiscal investigado diz que gastava dinheiro de corrupção com diversão

O auditor fiscal Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, suspeito de participar de um esquema de corrupção na Prefeitura de São Paulo, afirmou em entrevista ao Fantástico que gastou dinheiro obtido com propina para bancar diversão. Em uma única noite ele diz que gastou R$ 10 mil.
Luís Alexandre é um dos quatro auditores fiscais suspeitos de participar de um esquema. Ele, Carlos Augusto di Lallo, Eduardo Barcelos e Ronilson Bezerra são investigados por cobrar propina de construtoras para que elas pagassem menos Imposto Sobre Serviços (ISS). A fraude, investigada pelo Ministério Público, pode chegar a meio bilhão de reais.
No dia 30 de outubro, os quatro auditores foram presos e ficaram detidos na carceragem do 77º distrito policial, em Santa Cecília, região central da capital. Luís Alexandre fez acordo de delação premiada e foi libertado no dia 4 de novembro. Os demais suspeitos de envolvimento na fraude foram soltos na madrugada do dia 9 de novembro, depois de encerrar o prazo para o pedido de prisão provisória. Na véspera, por meio de nota, a Prefeitura já havia anunciado o afastamento por 120 dias dos três auditores que ainda permaneciam presos.
“Eu vou responder pela parte que eu fiz. E aí, o resto é com a Justiça”, declarou, em entrevista exclusiva, na qual dá a versão dele para o esquema de corrupção pelo qual é investigado.
Abaixo, leia a íntegra da reportagem do Fantástico:
Luís Alexandre Magalhães
, auditor fiscal da Prefeitura de São Paulo investigado por corrupção – “Entre hotel, jantar e mulher, já cheguei a gastar R$ 8 (mil), 10  mil reais”.
Fantástico – “Com dinheiro da corrupção?”
R – “Isso!”
Luís Alexandre Cardoso de Magalhães é um dos quatro auditores fiscais suspeitos de participar de um esquema de corrupção na Prefeitura de São Paulo.
Ele, Carlos Augusto di Lallo, Eduardo Barcelos e Ronilson Bezerra são investigados por cobrar propina de construtoras para que elas pagassem menos ISS - o Imposto Sobre Serviço. A fraude pode chegar a meio bilhão de reais. “Eu vou responder pela parte que eu fiz. E aí, o resto é com a Justiça”, declarou.
Fantástico – “Por que que você resolveu denunciar todo o esquema?”
R – “No momento que fui preso, eu estava com muito medo de perder a guarda do meu filho, né? Então, eu entendi que a minha melhor participação nisso era assumir a parte que me cabe. Na verdade, eu revelei como a gente operava.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário